Tsuru, Origami, desejo de paz e fim das energias nucleares.

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Sieverts no Ar

A Comissão de Segurança Nuclear e Agência de Segurança da Indústria Nuclear do Japão anunciam e conjunto que o nível de classificação do acidente nuclear de Fukushima equivale ao nível 7 da INES, o mesmo nível de classificação do acidente Nuclear de Chernobyl.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira dia 12 de abril, anunciaram esta classificação, após calcularem o total de emissão aérea do Iodo 131 e Césio 137 entre o dia 11 de março e 5 de abril.
A totalização sobre os Reatores de n.1 a 3 de Iodo e Césio radioativos emitidos no ar foi de 370 mil a 630 mil Tera Becquerel.  (Terá = 1 trilhão).

Embora este número corresponda a 1/10 da radioatividade vazada em Chernobyl,  o nível 7 da classificação INES, corresponde ao mais alto grau de gravidade na classificação de zero a 7.

É preciso lembrar que o Acidente nuclear continua. E os terremotos no Japão também.  Embora em nível menor, a emissão radioativa continua. E ainda não há previsão para o controle de resfriamento das varetas de combustível nos reatores de 1 a 3, além do tanque de resfriamento do reator 4.

Esta grande quantidade de radioatividade vazada no ar significa também que a radiação está se espalhando em toda atmosfera. Pela condição do vento favorável à Ásia, a radiação está sendo soprada para o Oceano Pacífico.

12/04/2011
Trad.Odo

(Fonte: Noticiário NHK)

Sieverts na Terra (parte 1)

CÉSIO E PLUTÔNIO NO SOLO

Segundo a amostragem de terra coletada nas terras próximas à usina Nuclear de Fukushima no dia 23 de março (12 dias após o Terremoto), à 40 kilometros noroeste, foi encontrada 163 KBq/Kg de Cs137 (Césio). Calculando-se para 1metro quadrado são 9780 KBq de Césio 147. No caso de Chernovill foram evacuadas e proibidas para moradia toda a área acima de 555 KBq de Césio.

Diferente do Iodo radioativo, que tem a meia vida de apenas 8 dias, a meia-vida do Césio 137 é de 30 anos. (Isto é o tempo necessário para a redução para a metade da radioatividade).

Terras contaminadas com Césio se tornam imprestáveis para a agricultura. Mesmo que se plante, os produtos não podem ser consumidos. Além disso, o Césio emitirá radioatividade no ar, continuamente de modo que viver nesta terra significa estar se submetendo à sua contaminação.

Há estudos de que algumas culturas servem para eliminar o Césio e
acumulá-la nas raízes. As mais conhecidas são o Girassol e o Cânhamo.

Por isso ao redor de Chernobill foram plantados Girassóis. Mas é importante salientar que estes produtos não eliminam o Césio. Eles acumulam nas raízes e estas plantas precisam ser transportadas para outro local onde o césio pode ser acumulado e confinado. E também deve-se saber que a radiação aérea e o Césio fora do local onde atinge a raiz não será recolhido nestas
plantas. De tal modo que a recuperação do solo se dará em um prazo bastante longo.

A presença do Césio no solo indica que deva ter havido um derretimento nuclear (Meltdown) em qualquer um dos reatores, sendo mais provável o de número dois em torno do qual encontram-se as águas radioativas de mais alta contaminação. É também um indicativo de que o acidente nuclear de Fukushima continua e a radioatividade está sendo continuadamente lançada nas águas de resfriamento e no ar.

Mas o maior perigo e suspeita recai sobre o vazamento do Plutônio.

Amostragem de terra coletadas há 500 metros da Usina os dias 21 e 22 de março apresentou, embora em pequena quantidade a presença de Plutônios .
Foram encontrados os Plutônio 239 que tem a meia vida de 24 mil anos, Pu 240 com meia vida de 6600 anos, e Pu238 com meia vida de 88 anos. O
plutônio que vinha sendo importado da frança e depois da Rússia, é o material radioativo considerado “o pior veneno produzido pela humanidade”, e vem
sendo utilizada na Usina 3 de Fukushima. Uma vez absorvido, via aérea ou alimentar, se acumula nos ossos, rins e fígado, e altamente agressivo para provocar câncer nesses órgãos e no pulmão.

A Comissão de Energia Nuclear não deu mais detalhes e até hoje (10 de abril) o assunto da contaminação de plutônio não foi mais divulgado.

Sieverts no Mar

SIEVERTS NO MAR

Noticias do dia 07/abril :

Dados do Ministério da Ciência e cultura divulgados neste dia revelam que águas colhidas há 30 kilometros das costas da Usina Nuclear de Fukushima no dia 5 estavam com um índice de 66,1 Becquerel/litro de Iodo radioativo,.

Esta quantidade está um pouco acima do índice recomendado na legislação japonesa.

O Ministério da Ciência e Cultura disse não saber se há relação com as 11 toneladas de água radioativa de menor radioatividade que a Tokyo Electrics teve que lançar ao mar.

A federação dos Sindicatos de Pescadores entregou carta ao Presidente da Tokyo Electrics solicitando a indenização pelos danos causados à atividade pesqueira.

No dia anterior exame feito em Kounago (Anguila japonesa)  pescada no dia 4/04 na província de Ibaraki, apresentou um índice de radiação de 4080 Becquerel o dobro do índice permitido legalmente para verduras. O que obrigou a Comissão de Segurança  Nuclear e o Ministério da Pesca e Agricultura, a estabelecer índices de segurança  não previstas para pesca.

No dia seguinte, a pesca da província de Ibaraki desvalorizou para menos da metade do preço no Leilão da Bolsa de Mercado de Tokyo.

Lembramos o artigo anterior sobre o vazamento das águas altamente radioativas, que ontem enfim se conseguiu controlar, utilizando vidro líquido.

Dia 6 de abril 6:30 horas da manhã,  horário de Tóquio, a Tokyo Eletrics anunciou o sucesso de se impedir o vazamento na área externa à Usina que estava derramando água altamente radioativa para o mar (7,5 milhões de vezes o padrão de radioatividade legalmente tolerada no Japão).

O sucesso se obteve com a aplicação do vidro líquido (silicato de sódio)  que fora aplicada à camada subterrânea de pedregulho, por onde se acreditava estar passando o vazamento da água contaminada.

Mas o alto grau índice de radioatividade auferida no mar supõe que deva haver outros locais de vazamento ainda não identificados.

Um pequeno sucesso contra vazamento da água altamente radioativa, irônicamente no mesmo dia que jorraram mais de 11 toneladas  de água de menor radioatividade (500 vezes o Padrão de radioatividade) para dar espaço de armazenamento às águas altamente radioativas.

Ao mesmo tempo a Comissão de Segurança Nuclear do Japão anunciou que o total estimado de água altamente contaminada deve totalizar 60 mil toneladas. Este total é na verdade as acumuladas em  Edifícios da turbinas de resfriamento.

Lembram que estas águas altamente contaminadas, apresentam uma radioatividade concentrada tal que 10 litros delas têm a mesma radioatividade da  110 mil toneladas das águas de menor radioatividade jogadas no mar nestes últimos dias.

E continuam usando mais águas para resfriamento das varetas de combustível, e ainda não detectaram por onde elas vazam,  o que significa que estão produzindo mais águas contaminadas.

O ACIDENTE EM FUKUSHIMA CONTINUA

NO MORE FUKUSHIMA

STOP NUCLEAR ENERGY.

CONTINUO ORANDO E PRODUZINDO TSURU

E HOJE RESOLVI CONTRIBUIR TAMBÉM COM ECONOMIA DE ENERGIA

PARA PODER MOSTRAR QUE NÃO VOU DEPENDER DA ENERGIA NUCLEAR